O meu pai anda impaciente com o andamento lento das coisas na quinta. Há tanto para fazer e é impossível fazer tudo ao mesmo tempo.. Há um pomar para tratar, uma horta para plantar, uma estufa para montar, sistema de rega para recuperar e completar, capoeira por terminar, muito terreno ainda por desbravar e ainda a casa e anexos estão em fase de obras e acabamentos.
O meu plano, além de ir fazendo observações e uma planificação integrada (evitando remendos aqui e acolá e acabando com uma manta de retalhos descoordenada), é ir adquirindo as máquinas e instalando as infraestruturas básicas.
Comprei uma roçadora, que já tem sido posta a bom uso. Pensei em adoptar cabras para me irem limpando o terreno, mas nesta fase não estou preparada para assumir o compromisso de ter e cuidar de mais animais, além dos domésticos. Podia pedir emprestadas ou alugá-las, mas isso também não será muito fácil e além disso foi-me dito por diferentes pessoas, que as cabras e ovelhas são boas para a manutenção do terreno a longo prazo, desde que se consiga controlar e delimitar os locais a que têm acesso (e vejo aí imensas dificuldades), mas não tão boas para um desbravamento inicial de um terreno dado o tempo que demorariam a terminar a tarefa. A ideia não está totalmente posta de parte, mas nesta fase a roçadora e outras ferramentas parecem ser a escolha mais adequada neste caso.
Comprei também uma biotrituradora, para triturar ramos de podas e especialmente silvas. As silvas são um grande problema por aqui, mas não quero queimá-las como muita gente faz, prefiro compostá-las. Só que para isso, precisam de ser reduzidas a lascas, ou seria um pesadelo manuseá-las e geri-las, além de que os caules cortados e arrancados, podem facilmente pegar e dar origem a novas plantas. Este fim-de-semana experimentei a máquina durante cerca de uma hora. Eu e o meu pai triturámos silvas que se acumulavam numa pilha e ficámos satisfeitos com o resultado. Juntei as lascas à pilha de composto e um problema foi transformado em solução.
O meu avô pretende oferecer-me uma motoenxada que ele tem numa arrecadação há anos sem uso. Aparentemente, está com problemas de funcionamento e irei tentar que seja arranjada para a usar por aqui. Tenho cavado com enxada a zona da horta e acho que de todo o trabalho agrícola, é sem dúvida o pior de todos e não é de forma alguma exequível fazê-lo num hectare de terreno. Eu sou admiradora do Fukuoka e acredito piamente que o ideal é não remexer o solo, mas isso implica seguir todo um caminho que não me encontro preparada ainda para percorrer. Obviamente não irei nunca remexer o solo profundamente e revirá-lo, mas uma mexidela superficial para ajudar a controlar as ervas e silvas parece ser uma opção adequada neste terreno.
Existe a questão do consumo energético. Todas estas máquinas consomem gasolina ou energia eléctrica. Não foi de ânimo leve que eu as comprei e/ou decidi utilizar. Há sempre por detrás a consciência de que não estou a desenvolver em pleno a minha auto-suficiência ou a reduzir drasticamente a minha pegada ecológica, ao habituar-me a depender destas máquinas. Mas essa independência poderá vir a ser criada mais tarde, através de fontes alternativas de energia ou com a transição para outros métodos.
Estou, por exemplo, a ponderar arranjar, de seguida, uma bomba para a água do poço, embora tenha em mente a eventual criação de um lago e sistema de captação e armazenamento de água da chuva, que permita a rega sem consumo energético. Mas enquanto uma bomba custa umas centenas de euros, criar um lago de boa dimensão e swales e valas de drenagem, ficar-me-ia talvez por milhares de euros. E quando o orçamento é limitado e os recursos humanos também, por vezes é necessário recorrer a soluções mais imediatas. De qualquer forma, o objectivo futuro será ter diversas fontes com a mesma função, pelo que a bomba no poço nunca se tornará obsoleta mesmo que venha desenvolver outros métodos de irrigação. Convém ter sempre na manga mais do que uma forma de efectuar a mesma função - um dos princípios da permacultura.
Comprei uma roçadora, que já tem sido posta a bom uso. Pensei em adoptar cabras para me irem limpando o terreno, mas nesta fase não estou preparada para assumir o compromisso de ter e cuidar de mais animais, além dos domésticos. Podia pedir emprestadas ou alugá-las, mas isso também não será muito fácil e além disso foi-me dito por diferentes pessoas, que as cabras e ovelhas são boas para a manutenção do terreno a longo prazo, desde que se consiga controlar e delimitar os locais a que têm acesso (e vejo aí imensas dificuldades), mas não tão boas para um desbravamento inicial de um terreno dado o tempo que demorariam a terminar a tarefa. A ideia não está totalmente posta de parte, mas nesta fase a roçadora e outras ferramentas parecem ser a escolha mais adequada neste caso.
Comprei também uma biotrituradora, para triturar ramos de podas e especialmente silvas. As silvas são um grande problema por aqui, mas não quero queimá-las como muita gente faz, prefiro compostá-las. Só que para isso, precisam de ser reduzidas a lascas, ou seria um pesadelo manuseá-las e geri-las, além de que os caules cortados e arrancados, podem facilmente pegar e dar origem a novas plantas. Este fim-de-semana experimentei a máquina durante cerca de uma hora. Eu e o meu pai triturámos silvas que se acumulavam numa pilha e ficámos satisfeitos com o resultado. Juntei as lascas à pilha de composto e um problema foi transformado em solução.
O meu avô pretende oferecer-me uma motoenxada que ele tem numa arrecadação há anos sem uso. Aparentemente, está com problemas de funcionamento e irei tentar que seja arranjada para a usar por aqui. Tenho cavado com enxada a zona da horta e acho que de todo o trabalho agrícola, é sem dúvida o pior de todos e não é de forma alguma exequível fazê-lo num hectare de terreno. Eu sou admiradora do Fukuoka e acredito piamente que o ideal é não remexer o solo, mas isso implica seguir todo um caminho que não me encontro preparada ainda para percorrer. Obviamente não irei nunca remexer o solo profundamente e revirá-lo, mas uma mexidela superficial para ajudar a controlar as ervas e silvas parece ser uma opção adequada neste terreno.
Existe a questão do consumo energético. Todas estas máquinas consomem gasolina ou energia eléctrica. Não foi de ânimo leve que eu as comprei e/ou decidi utilizar. Há sempre por detrás a consciência de que não estou a desenvolver em pleno a minha auto-suficiência ou a reduzir drasticamente a minha pegada ecológica, ao habituar-me a depender destas máquinas. Mas essa independência poderá vir a ser criada mais tarde, através de fontes alternativas de energia ou com a transição para outros métodos.
Estou, por exemplo, a ponderar arranjar, de seguida, uma bomba para a água do poço, embora tenha em mente a eventual criação de um lago e sistema de captação e armazenamento de água da chuva, que permita a rega sem consumo energético. Mas enquanto uma bomba custa umas centenas de euros, criar um lago de boa dimensão e swales e valas de drenagem, ficar-me-ia talvez por milhares de euros. E quando o orçamento é limitado e os recursos humanos também, por vezes é necessário recorrer a soluções mais imediatas. De qualquer forma, o objectivo futuro será ter diversas fontes com a mesma função, pelo que a bomba no poço nunca se tornará obsoleta mesmo que venha desenvolver outros métodos de irrigação. Convém ter sempre na manga mais do que uma forma de efectuar a mesma função - um dos princípios da permacultura.
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