Há muitos anos que deixei de consumir lacticíneos e em concreto de beber leite de vaca. Depois de ter deixado de beber o leite materno, biologicamente nunca mais deveria ter bebido leite e muito menos leite que é naturalmente destinado a bezerros. No entanto - questão cultural - cresci a beber leite de vaca e ficou-me o hábito de colocar qualquer bebida esbranquiçada no café ou a acompanhar os cereais. Quando decidi deixar os lactcíneos, decidi então virar-me para os leites vegetais.
[Antes que algum purista argumente que leite é só o
dos mamíferos, lembro que de acordo com diversos dicionários, qualquer
substância leitosa pode ser chamada de leite. Ou também acham que se deve proibir de
se chamar leite corporal aos hidratantes ou leite de magnésia ao
antiácido? A campanha "anti leite vegetal" foi lançada pelo lobby dos lacticíneos, num esforço para diferenciar as ""bebidas vegetais" do "leite". Embora discorde do argumento linguístico, curiosamente considero que têm razão num ponto: realmente estas bebidas não são comparáveis. Os leites vegetais são bem mais saudáveis!]
Um litro de qualquer leite vegetal é geralmente bem mais caro que um litro de leite de vaca, com excepção actual do leite de soja, que já tem um preço muito mais acessível graças à vulgarização do seu consumo. Por isso, há alguns anos que compro pacotes de leite de soja. Mas para alguém sempre crítico como eu, este consumo levanta-me diversas questões.
Antes de mais, a não ser que o leite seja biológico (logo, mais caro), nunca tenho a certeza absoluta de que a soja utilizada não seja parcialmente transgénica. Na Europa, como os alimentos transgénicos têm de ser rotulados, as empresas optam por não os vender directamente ao consumidor, que os rejeita (vão antes para as rações animais), mas a contaminação acontece e a fiscalização é esporádica, por isso corre-se sempre algum risco no consumo de soja.
Em seguida, preocupa-me a quantidade de pacotes tetrapak que semanalmente separo para reciclagem e ainda algumas questões por estar tão dependente diariamente de um produto tão "fabricado" ou processado, algo que eu procuro cada vez mais eliminar da minha dieta.
Para garantir que o meu leite de soja não era transgénico, mas também numa tentativa de poupar dinheiro, cheguei a investir numa máquina com a qual fazia leite de soja em casa a partir de grão de soja biológica. Mantive essa rotina durante cerca de um ano, até que uma borracha isolante da máquina se rompeu e ninguém foi capaz de a reparar, ficando a máquina inutilizada. Acho que nunca cheguei a amortizar o valor investido e por isso não senti qualquer motivação para comprar outra máquina. Voltei ao leite de soja convencional de pacote. Até agora.
Decidi tentar fazer o meu próprio leite novamente, sem máquinas especiais e sem complicações. Pesquisei as alternativas e optei por experimentar fazer leite de aveia cru. Razões: facilidade, economia, rapidez, nutrição!
Mais à frente pretendo tentar fazer leite de arroz, amêndoas e nozes, mas para já o de aveia pareceu-me ser o mais adequado e simples.
Guiei-me, grosso modo, por diversas receitas encontradas online, mas na prática fiz tudo um bocado a olho, seguindo o meu instinto em termos de quantidades e foram estas as conclusões a que cheguei. Para 1 litro de leite, basta demolhar cerca de 100 gr de aveia durante 1 a 2 horas (mas também pode ficar de molho da noite para o dia), triturá-la com uma varinha mágica, filtrar o líquido, ajustar o volume de água até perfazer um litro e armazenar! Não é preciso sequer cozer a aveia, poupando-se energia, tempo e preservando mais dos seus nutrientes.
Há quem não goste do sabor "cru" deste leite e não abdique por isso de cozer a aveia, mas eu adaptei-me perfeitamente bem ao sabor e quando quero que fique mais guloso, contento-me em adicionar-lhe uma colher de mel.
Com o resto sólido da aveia, faço pequenas sobremesas, misturando fruta, passas, canela, mel ou o que quer que a imaginação dite no momento.
Em termos de poupança monetária, estes são os resultados dos meus cálculos (não incluindo o custo da água e da energia utilizada, considerado minúsculo).
Um litro de qualquer leite vegetal é geralmente bem mais caro que um litro de leite de vaca, com excepção actual do leite de soja, que já tem um preço muito mais acessível graças à vulgarização do seu consumo. Por isso, há alguns anos que compro pacotes de leite de soja. Mas para alguém sempre crítico como eu, este consumo levanta-me diversas questões.
Antes de mais, a não ser que o leite seja biológico (logo, mais caro), nunca tenho a certeza absoluta de que a soja utilizada não seja parcialmente transgénica. Na Europa, como os alimentos transgénicos têm de ser rotulados, as empresas optam por não os vender directamente ao consumidor, que os rejeita (vão antes para as rações animais), mas a contaminação acontece e a fiscalização é esporádica, por isso corre-se sempre algum risco no consumo de soja.
Em seguida, preocupa-me a quantidade de pacotes tetrapak que semanalmente separo para reciclagem e ainda algumas questões por estar tão dependente diariamente de um produto tão "fabricado" ou processado, algo que eu procuro cada vez mais eliminar da minha dieta.
Para garantir que o meu leite de soja não era transgénico, mas também numa tentativa de poupar dinheiro, cheguei a investir numa máquina com a qual fazia leite de soja em casa a partir de grão de soja biológica. Mantive essa rotina durante cerca de um ano, até que uma borracha isolante da máquina se rompeu e ninguém foi capaz de a reparar, ficando a máquina inutilizada. Acho que nunca cheguei a amortizar o valor investido e por isso não senti qualquer motivação para comprar outra máquina. Voltei ao leite de soja convencional de pacote. Até agora.
Decidi tentar fazer o meu próprio leite novamente, sem máquinas especiais e sem complicações. Pesquisei as alternativas e optei por experimentar fazer leite de aveia cru. Razões: facilidade, economia, rapidez, nutrição!
Mais à frente pretendo tentar fazer leite de arroz, amêndoas e nozes, mas para já o de aveia pareceu-me ser o mais adequado e simples.
Guiei-me, grosso modo, por diversas receitas encontradas online, mas na prática fiz tudo um bocado a olho, seguindo o meu instinto em termos de quantidades e foram estas as conclusões a que cheguei. Para 1 litro de leite, basta demolhar cerca de 100 gr de aveia durante 1 a 2 horas (mas também pode ficar de molho da noite para o dia), triturá-la com uma varinha mágica, filtrar o líquido, ajustar o volume de água até perfazer um litro e armazenar! Não é preciso sequer cozer a aveia, poupando-se energia, tempo e preservando mais dos seus nutrientes.
Com o resto sólido da aveia, faço pequenas sobremesas, misturando fruta, passas, canela, mel ou o que quer que a imaginação dite no momento.
Em termos de poupança monetária, estes são os resultados dos meus cálculos (não incluindo o custo da água e da energia utilizada, considerado minúsculo).
ADOREI este post e vou tentar :)
ResponderEliminarLiving2Cook*