9/20/2011

Mar de plástico


Não sou santa. Não compro tudo ecológico, biológico e local. Acabo sempre por fazer algumas compras em grandes superfícies. 
Desde que algumas destas superfícies oferecem a opção de fazermos as compras online e eles entregarem-nas ao domicílio, que me interrogava se seria uma opção sensata e um pouqito mais ecológica. Se em vez de cada indivíduo se deslocar ao hipermercado, uma carrinha distribuir as compras por diversas moradas, poupa-se no consumo de combustíveis. Além disso não temos que perder tempo naquele ambiente deprimente que é um hipermercado e usá-lo a fazer coisas bem mais úteis, como ir à frutaria do velhote da esquina aviar de courgettes ainda cheias de terra.

Quando há tempos o Continente fez uma promoção em que oferecia um desconto de 10 EUR nas compras online com entrega gratuita ao domicílio, decidi que tinha chegado o momento de testar o serviço. 
Tudo correu muito bem, até me ligaram a perguntar se queria alternativa aos produtos que não tinham já em stock e fizeram o belo do desconto. Até que as compras chegaram... Parecia que além da minha encomenda, me tinham trazido mais umas dezenas de coisas que eu não tinha pedido, tal era o número de sacos que deixaram na minha cozinha. Cada produto tinha praticamente "direito" ao seu próprio saco de plástico!
Para uma compra no valor de cerca de 100 EUR, o equivalente a uma ou duas semanas de comida e uns quantos utensílios domèsticos, fiquei a flutuar num mar de plástico no meio da cozinha. 


Ao todo, contei perto de 25 sacos! Em comparação, a mesma quantidade de compras costuma-me caber em 3 sacos grandes reutilizáveis.
Não consegui perceber porquê. Se entregam ao domicílio, porque não trazem as compras dentro de caixotes de cartão, por exemplo? Não eram mais simples de empilhar na carrinha e tudo? Acontece que as compras vêm de facto em caixas, mas as caixas ficam na carrinha e para a nossa mão passam uma avalanche de sacos de plástico.
Não compreendo este desperdício disparatado e decidi reclamar ao Continente.

1 comentário:

  1. Mas o que eu acho espantoso é esses sacos do continente dizerem que são biodegradaveis de à uns tempos para cá. Parecem-me os mesmos sacos de sempre, talvez de um plástico mais fino, onde a única diferença para o passado foi estamparem a palavra biodegradavel. É preciso ter lata!!
    Para quando a lei em Portugal de um taxa sobre os sacos de plástico que já se aplica em Espanha?

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